9.14.2005

Taj Mahal


“Deixaste que teu poder real se desvanecesse, Shah Jahan, mas desejavas tornar imperecível uma lágrima de amor. O tempo não tem piedade do coração humano, e zomba de sua triste luta para recordar.
Tu o enganaste com a beleza e o tornaste prisioneiro, e o coroaste a morte informe com a forma que não murcha.
O segredo que no silêncio da noite sussurravas ao ouvido de tua amada, agora está gravado no perpétuo silêncio da pedra. Embora os impérios se desmoronem em pó e os séculos se percam nas sombras, o mármore ainda suspira para as estrelas. “Eu me lembro”.
“Eu me lembro”. Sim, mas, a vida esquece, pois seu chamado vem do Infinito, e ela continha sua viagem sem carregar fardo nenhum, deixando suas lembranças nas desamparadas formas da beleza.” Tagore