9.30.2005

Éros e Afrodite

Marte e Vênus unidos pelo Amor. Óleo sobre tela de Paolo Veronese (1528–1588). Data: c. 1576. New York, The Metropolitan Museum of Art. Fonte: The Yorck Project.

"Tifão, deus da seca. Inimigo hereditário dos deuses, principalmente de Zeus (Júpiter), pelo qual mantinha um ódio imortal. Foi pai de criaturas horripilantes (o cão Cérbero, a esfinge, a Hydra de Lerna). Tifão perseguiu Zeus por muitos anos e acabou arrancando-lhe os nervos essenciais da força viril e da consciência.
Hermes (Mercúrio) encarrega-se de recuperar os nervos de Zeus e sua consciência, fazendo Tifão adormecer com sua flauta mágica. Tifão também perseguia Afrodite (Vênus) e Eros (Cupido), divindade da sensibilidade e das trocas sentimentais, filho de Marte (Ares) e Vênus.
Um amor impossível uniria Afrodite e Eros, mãe e filho. Um dia Tifão encontra Eros e Afrodite em pleno amor e começa a perseguí-los.
Numa fuga desesperada, pedem auxílio a todos os homens e deuses, não sendo atendidos por ninguém, que temiam a fúria de Tifão. Somente a cabra Amaltéia os socorre, mostrando-lhes o caminho seguro para fugir daquele deus terrível, indicando o caminho do mar, onde Tifão não poderia mais perseguí-los.
Entrando no reino de Poseidon (Netuno), finalmente se livram de Tifão, impossibilitado de entrar no mar por ser o deus da seca.
Poseidon, para garantir a fuga, envia dois delfins amarrados com um laço de ouro. Eros e Afrodite montam nos delfins e os leva para as profundezas do oceano, onde viveriam seu sonho de amor eterno, onde nunca mais seriam perseguidos, nem pelos deuses, nem pelos homens.
Afrodite retornou para o seu lugar de origem, onde se protegia dos monstros que a perseguiam, mas teve que abandonar a terra firme e o contato com o mundo concreto e a realidade da matéria, tornando-se prisioneira do amor num mundo distante e irreal que era o fundo do mar. "